sábado, 30 de março de 2013

Eis que tudo muda...

No passado fim-de-semana fui até Sangalhos.
Os meus padrinhos organizaram um encontro com os sobrinhos todos no sábado.
Fui eu, o meu namorado, e todos os meus primos e os namorados de duas primas.
Já não via a minha avó há uns meses e então a minha madrinha foi busca-la ao lar para se juntar ao nosso convívio. Ela faz 90 anos este ano e está no lar porque tem Alzheimer e lá tem o devido acompanhamento.
O almoço/lanche/jantar foi divertidíssimo e fiquei muito contente por termos ído.

A minha avó já não conhece nenhum de nós. Trata-me por “miga” mas não faz ideia quem eu ou os meus primos somos. Ao meu pai chama de irmão… Encontrei-a claramente debilitada, de cadeira de rodas, com a cabeça baixa mas sempre com um sorriso. Já mal consegue andar porque não se aguenta nas pernas.

Esta 3ª feira teve um trombolismo pulmonar (basicamente é uma trombose nos pulmões).
Está ligada às máquinas e depende delas para viver porque está a receber oxigénio. Está amarrada à cama para não retirar os tubos.
Está acordada mas não percebe o que lhe aconteceu e a importância daqueles tubos e de vez em quando consegue tirá-los.
O estado não é crítico mas também não é estável porque ainda não consegue respirar por ela.
Entretanto, esta sexta-feira recebi uma chamada da minha mãe.
O meu padrinho teve um acidente em casa e cortou metade de um dedo. Foi internado para ser operado.
Quando iniciaram a operação foram forçados a parar. O meu padrinho tem problemas cardíacos graves e o coração parou várias vezes.
Não chegaram a iniciar a cirurgia e após exames o médico disse que foi uma sorte o meu padrinho ter perdido o dedo porque com as arritmias cardíacas que estava a ter, o mais certo é que morresse essa noite se estivesse em casa devido ao estado do coração.
Permanece também internado, com o dedo por operar, mas a ser tratado como podem porque a prioridade é o coração.
Assim sendo tenho o meu padrinho e a minha avó, internados no mesmo hospital (Hospitais da Universidade de Coimbra), em pisos diferentes mas em estados que não permitem saber se amanhã ainda cá estarão…
Aproveitem bem todos os momentos que tiverem com a família para que depois não se sintam culpados de não os ver mais vezes…Felizmente estive com eles há uma semana, quando tudo ainda corria bem…dentro dos possíveis…
Desculpem a maçada mas precisava desabafar…

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